segunda-feira, 30 de março de 2009

COMANDOS EM AÇÃO


Qualquer pai que se meta a encarar um parquinho pela manhã, sozinho, acompanhado apenas de sua filha bebê, tem de estar preparado para as hordas hostis que habitam esses ambientes: mães e babás das outras crianças.
São os chamados “Comandos Paramaternais” (essa expressão eu roubei de uma tirinha da Mafalda, do Quino)
Elas estão espalhadas pelos parques, camufladas entre os brinquedos, prontas para chamar a sua atenção diante do que elas entendem por deslizes ou negligências de um pai.
Eu já fui encurralado por algumas e tive de ouvir...
“Esse escorrega não está muito quente pra ela descer?”
“Essa roupa que ela está usando está muito fechada. Tá muito quente hoje e ela vai passar mal”
“É perigoso um neném dessa idade brincar no balanço. Pode cair e se machucar”
“Está muito frio hoje. Ela não deveria estar mais agasalhada?”
“Ela está descalça? Se correr e cair, vai se machucar”
“Você vai dar um sorvete pra ela? E se ela ficar gripada?”
“O pula-pula é perigoso. A criança pode se machucar virando uma cambalhota”
COMANDOS EM AÇÃO, PARTE 2
Um pai indefeso e pouco hábil no manuseio das fraldas é presa fácil para os Comandos Paramaternais que habitam os parquinhos.
Mas, é preciso ter humildade e reconhecer a hora de gritar por socorro.
Aconteceu comigo há poucos dias. Laura estava brincando com o Pedro, um amiguinho, na caixa de areia. De repente, veio a certeza de que alguma coisa não cheirava bem.
E agora?
Tinha saído de casa com a pequenina usando apenas a roupa do corpo. Nada de fraldas reservas, lenços umedecidos ou pomadinhas. Foi quando apareceu a Flechinha, mãe do Pedro, que imediatamente pôs a mão na massa e resolveu o problema todo para mim.
Serviço completo, inclusive com fralda emprestada.
Ela trocou, limpou e entregou a bebê novinha em folha e cheirosa.

2 comentários:

Flávia disse...

Ao menos eu fui a parte legal - ou necessária - dos Comandos Paramaternais!

Karla disse...

Pelo jeito, a pequena Laura é quem te leva para passear...