segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Fronteira Final

A foto ao lado foi uma idéia minha, homenagem à eterna série de televisão criada por Gene Roddenberry.

Fomos assistir “Star Trek”, eu, Ana, meu amigo Romano e a Hannah. Sim, ela quis ir ver o filme conosco de tanto ter ouvido falar em Kirk, Spock & Cia Ltda.
Como fomos numa sessão noturna, achei que ela fosse pegar no sono, afrontada pela estética vulcana e suas filosofias mais do que lógicas.

Quem disse que ela dormiu ?

O filme correu solto, com Romulanos, Vulcanos, humanos e outras raças da Federação. Diante do surgimento dos personagens e suas histórias, dos questionamentos de vida de Spock e seu povo e das cenas de ação de Kirk e sua turma, Hannah não se dobrou e agüentou firme até o final.
E diante do emblemático gesto criado pelos Vulcanos ela observou, observou e tentou imitar com sua mão. Depois de um tempo conseguiu reproduzi-lo com parcial fidelidade.
No final da sessão, lançou a pergunta:

“Pai, o que é “próspera” ?

Eu disse que a frase sempre foi um pouco mal interpretada, que o correto é “prospere”, que significa desejo de prosperidade em todos os sentidos da vida. Falei que quero que ela prospere para ser uma pessoa muito feliz e realizada.

Ela sorriu, imitou o gesto novamente e nada disse.

Diário de bordo, data estelar 21 de maio de 2009...

domingo, 10 de maio de 2009

Confusão Litúrgica

Essa foi rápida e quase teve conseqüências dignas da Santa Inquisição.
Hoje, Hannah foi à missa com a mãe. Eu fiquei em casa, pois queria assistir à Fórmula I. Não adianta mentir, tudo o que eu faço, Deus sabe.
Antes do final da celebração, durante os avisos paroquiais, Hannah ouviu uma explicação sobre determinada parte da missa e, como teve dúvidas sobre o assunto, virou-se pra sua amiga Duda e perguntou, de chofre:

“DUDA, O QUE É ATO SEXUAL ?”

Ana ficou branca, mas não perdeu o rebolado. Chegou perto da guria e disse ao pé do ouvido:

“NÃO É ATO SEXUAL, É ATO PENITENCIAL ! PE-NI-TEN-CI-AAAAL !!!”

Hannah arregalou os olhos, fechou a matraca e se fingiu de morta...

Deviam mudar um pouco o texto da Bíblia, que ficaria assim:

“Vinde a mim as criancinhas. E a Hannah também...”

Uma Mulher e Tanto !


O BLOG é da Hannah, mas hoje a homenagem vai para a mãe.

Parabéns, Ana ! Ou Xôxa, como alguns a chamam.
Se bem que isso não é mais apelido, e sim um alterego...

Guerreira incansável !

Te amo, sempre !

Seu marido e Senhor da Casa.


sábado, 9 de maio de 2009

Staying alive ! Staying alive !


Rio de Janeiro, 08 de maio de 2009.
Local: Associação dos Funcionários de Resseguros do Brasil (AFIRB).
Evento: Festa BOOGIE NIGHTS, promovida pelos DJ Thunder (meu grande amigo Romano) e DJ Freedom (Adilson, ex-chefe do Romano).
Esse local me traz lembranças indigestas, que podem ser comprovadas no posto do dia 20 de março.
Porém, dessa vez resolvemos levar a Hannah, para não termos dor de cabeça. Ou, quem sabe, termos no local e resolver a questão “in loco”.
Como eu saio do trabalho às sextas-feiras um pouco mais tarde, disse à Ana que fosse antes para guardar lugar e encontrar os amigos que confirmaram presença. Como o local é relativamente próximo, fui a pé para lá.
Deu pra ver que a noite prometia, pois a freqüência estava, como dizem os jovens, “bombando” ! Falei com meu irmão César, que se engalfinhava com um prato de carne seca com aipim, e rumei pro salão. Driblei um, escorreguei entre duas, andei, andei e encontrei a Hannah...

Dançando que nem gente grande no meio da pista !

E como evoluía a menina, parecia uma Travolta de saias ! Escorregava, pulava, trocava os pés, sapateava, enfim ! Uma verdadeira profissional da “disco music” ! Ela não estava nem aí pras pessoas, dançava sua coreografia pessoal e intransferível, num universo próprio, digno de um Oscar de Melhor Coreografia !
Quando ela me viu, pulou de alegria e ensaiamos alguns passos meio improvisados, mas nada com muito compromisso com a cadência e o ritmo. Quem sabe, um dia, nos entendemos no compasso da música.
Pedi licença à minha parceira e fui ter com meus convivas. Hannah ficou lá, em sua dança definitivamente original.
Algum tempo depois, adentrou à pista o “Travolta Cover”, um dançarino que reproduz com certa fidelidade os passos do personagem do filme “Os Embalos de Sábado à Noite”. O homem dançava e era aplaudido efusivamente pela platéia que lotava o local.
Depois de demonstrar sua técnica com os pés, mãos e braços, chamou a todos para uma dança coletiva ao som das músicas eletrizantes dos Bee Gees, Tavares, Yvonne Elliman & Cia. Ltda.

E lá foi a Hannah com a galera !

Ela não se intimidou nenhum pouco, encarou tudo na boa e imitava a coreografia imposta pelo “Travolta” com garra e total concentração.
Lá pelas tantas, quando dei por mim, ela descansava o corpinho no colo da mãe, que me olhava com e dizia silenciosamente: “Tá vendo, puxou o pai !”. Bem, isso não me faz o pior pai do mundo, apenas um dos mais corujas, devido à quantidade de parabéns que recebi pela performance de minha pimpolha.
Hannah voltou à pista logo depois, para continuar a dançar sem compromisso com alguma coisa ou com alguém. Era somente ela.

E ela !

No final, saiu extenuada, mas realizada. Estava feliz por sua atuação e, mais ainda, pelo que aconteceu momentos antes de sua partida. Ela me disse:

“Pai, o Travolta me chamou de bailarina !”

Isso engrandece e emociona nosso coração de pai, e como seria bom que todos dessem valor a essas pequenas mas significantes coisas da vida.
Por mais tecnologicamente conectados que estejam nossos filhos, façamos com que eles, de vez em quando, lembrem-se que são humanos, e não pedaços de carne feitos de bits e bytes !


Fever night, fever night, fever...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Em Nome do Pai...

Hannah iniciou hoje suas aulas de catecismo. Acredito que ela esteja animada, pois alguns de seus coleguinhas do colégio também estão fazendo o curso, o que é uma vantagem, pois elas se sentem estimuladas quando participam juntos de algum evento ou atividade.
Levei-a até a igreja e fomos juntos até a sala de aula. Lá ela descobriu que, da janela, é possível avistar seu colégio, o que lhe dá mais conforto e uma sensação de proximidade entre os dois mundos.
Quando perguntei-lhe como foi a aula, ela resumiu em uma palavra:

“Maneira !”

Como “maneira” é um adjetivo que pode significar várias coisas, espremi um pouco e ela disse que cada criança se apresentou, dizendo seu nome e o devido significado. Esperta como ela é, contou que o dela tem origem hebraica e significa “Ana”, nome da mãe. Que, por sinal, é um nome bíblico: Ana é nome da avó de Jesus !

Bem, para primeira aula foi pouco, mas significativo. Com o tempo ela perceberá que os ensinamentos e a palavra de Deus lhe trarão benefícios para sua personalidade ainda em formação.

Amém !