quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Hannah e as Celebridades - Parte II


O Carnaval é uma festa repleta de celebridades, certo ? Certo, só que muitas delas são celebridades instantâneas, outras se consideram celebridades sem razão de ser, existem as celebridades que a mídia acha que dá o que falar, e por aí vai.
Mas existem as celebridades de fato e de direito, como é o caso do amigo da foto acima, tirada no dia do Desfile das Campeãs desse ano.
Joaosinho Trinta (isso mesmo, com “s” para diferenciar), que sempre foi rei e nunca perdeu a majestade, permitiu que registrássemos o momento para postar aqui. O eterno gênio do Carnaval foi de uma simpatia e simplicidade que fariam o saudoso Carlos Imperial gritar: “DEZ ! NOTA DEZ !”.
Hannah quis saber o que ele fez de tão importante. Como as crianças de hoje pouco sabem sobre as fantásticas criações do mestre, contei à ela que Joaosinho, em sua época, seria o mesmo que Paulo Barros hoje. Ou seja, criatividade, ousadia e gosto popular.
Admito que a foto não ficou bem tirada, como observou a Ana, mas já dá pra ter uma noção de como o velho carnavalesco ainda está lúcido, solícito e bem disposto.
Nesse dia, Hannah sambou e cantou o samba de, praticamente, todas as escolas, principalmente a vencedora desse ano, Unidos da Tijuca. As pessoas ficaram pasmas com a performance da pequena foliã, que já fala nos próximos festejos momescos com a desenvoltura de uma passista mirim.
Só que a pequena não é afeita a blocos e fanfarras populares. Pra não dizer que não fez nada, ela acompanhou um bloco dos amigos da sua escola de teatro, o Grupo Milongas, depois foi bater ponto no recém-formado bloco “Bota a Língua no Varal”, na Tijuca, e, no mesmo dia, foi assistir o ensaio técnico da Império da Tijuca. O resto, negou-se veementemente a participar, tornando-se quase uma “Anti-Carnaval”, pode isso ?

“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça, ou doente do pé !”

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pai Sarado


É assim que eu tenho que ficar até o final do ano, para poder deixar a Hannah mais tranqüila. Calma, que eu vou explicar...
No Reveillon do ano passado fomos pra Copacabana, eu, Ana e Hannah. Mais para assistir ao show do Paralamas do que pra ver os fogos, que, cá entre nós, foram uma decepção total !
Apesar de chegarmos tarde, conseguimos assistir ao show, pois o mesmo começou atrasado. Herbert, visivelmente irritado, pediu desculpas pelo incômodo e atacou com todos os sucessos a que tínhamos direito.
E a Hannah lá no meio da multidão, tentando ver alguma coisa. Eu tentava procurar uma brecha pra que ela pudesse, ao menos, ver o telão instalado ao lado do palco. Ana a incentivava para que ela pudesse se animar, mas cadê que ela entrava no clima do show ? Começou a ficar de cabeça quente porque só estava vendo pernas e cabeças.
De repente, ela viu um cara erguendo uma garota nos ombros e pediu que eu fizesse o mesmo, para que ela pudesse ver alguma coisa. Falei que ela era muito pesada e que não conseguiria ficar nos meus ombros por muito tempo.
Ela, então, amarrou a tromba e mandou: “Pois trate de ficar sarado pra me erguer, se voltarmos aqui no final do ano que vem !”
Então ta então, né ?...