sábado, 9 de maio de 2009

Staying alive ! Staying alive !


Rio de Janeiro, 08 de maio de 2009.
Local: Associação dos Funcionários de Resseguros do Brasil (AFIRB).
Evento: Festa BOOGIE NIGHTS, promovida pelos DJ Thunder (meu grande amigo Romano) e DJ Freedom (Adilson, ex-chefe do Romano).
Esse local me traz lembranças indigestas, que podem ser comprovadas no posto do dia 20 de março.
Porém, dessa vez resolvemos levar a Hannah, para não termos dor de cabeça. Ou, quem sabe, termos no local e resolver a questão “in loco”.
Como eu saio do trabalho às sextas-feiras um pouco mais tarde, disse à Ana que fosse antes para guardar lugar e encontrar os amigos que confirmaram presença. Como o local é relativamente próximo, fui a pé para lá.
Deu pra ver que a noite prometia, pois a freqüência estava, como dizem os jovens, “bombando” ! Falei com meu irmão César, que se engalfinhava com um prato de carne seca com aipim, e rumei pro salão. Driblei um, escorreguei entre duas, andei, andei e encontrei a Hannah...

Dançando que nem gente grande no meio da pista !

E como evoluía a menina, parecia uma Travolta de saias ! Escorregava, pulava, trocava os pés, sapateava, enfim ! Uma verdadeira profissional da “disco music” ! Ela não estava nem aí pras pessoas, dançava sua coreografia pessoal e intransferível, num universo próprio, digno de um Oscar de Melhor Coreografia !
Quando ela me viu, pulou de alegria e ensaiamos alguns passos meio improvisados, mas nada com muito compromisso com a cadência e o ritmo. Quem sabe, um dia, nos entendemos no compasso da música.
Pedi licença à minha parceira e fui ter com meus convivas. Hannah ficou lá, em sua dança definitivamente original.
Algum tempo depois, adentrou à pista o “Travolta Cover”, um dançarino que reproduz com certa fidelidade os passos do personagem do filme “Os Embalos de Sábado à Noite”. O homem dançava e era aplaudido efusivamente pela platéia que lotava o local.
Depois de demonstrar sua técnica com os pés, mãos e braços, chamou a todos para uma dança coletiva ao som das músicas eletrizantes dos Bee Gees, Tavares, Yvonne Elliman & Cia. Ltda.

E lá foi a Hannah com a galera !

Ela não se intimidou nenhum pouco, encarou tudo na boa e imitava a coreografia imposta pelo “Travolta” com garra e total concentração.
Lá pelas tantas, quando dei por mim, ela descansava o corpinho no colo da mãe, que me olhava com e dizia silenciosamente: “Tá vendo, puxou o pai !”. Bem, isso não me faz o pior pai do mundo, apenas um dos mais corujas, devido à quantidade de parabéns que recebi pela performance de minha pimpolha.
Hannah voltou à pista logo depois, para continuar a dançar sem compromisso com alguma coisa ou com alguém. Era somente ela.

E ela !

No final, saiu extenuada, mas realizada. Estava feliz por sua atuação e, mais ainda, pelo que aconteceu momentos antes de sua partida. Ela me disse:

“Pai, o Travolta me chamou de bailarina !”

Isso engrandece e emociona nosso coração de pai, e como seria bom que todos dessem valor a essas pequenas mas significantes coisas da vida.
Por mais tecnologicamente conectados que estejam nossos filhos, façamos com que eles, de vez em quando, lembrem-se que são humanos, e não pedaços de carne feitos de bits e bytes !


Fever night, fever night, fever...

Um comentário:

Eduardo disse...

Márcio:

Realmente a Hannah deu um show. Fiquei observando e admirando a desenvoltura e alegria com que ela dançava e percebi ali um começo de uma mudança que está por vir.

Abraço

Eduardo